Floriano Peixoto Correa: mudanças entre as edições
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Floriano Peixoto Correa, mais conhecido como '''Floriano''', atuou com a camisa do Atlético entre os anos de [[1933]] e [[1935]]. Pelo [[Galo]], o ex-jogador fez 21 partidas e não marcou gols. | Floriano Peixoto Correa, mais conhecido como '''Floriano''', nasceu em Itapecerica, interior de Minas Gerais, em 14 de maio de 1903. Era filho de Francisco Antunes Corrêa e Maria do Carmo Diniz Corrêa, residentes em uma fazenda local. Seu pai, ardente republicano, batizou-o com o nome do ex-Presidente do Brasil, o 'Marechal de Ferro'. Fez o primário na cidade de Lavras, conhecendo o boxe, sua primeira paixão. Após desferir golpes que arrancaram alguns dentes de um filho de um grande político local, sua sequência não prosperou. Dedicou-se ao futebol, principalmente ao estudar no Colégio Militar, em Barbacena. | ||
Em 1919, migrou para o Rio Grande do Sul, morando nas cidades de Porto Alegre e Caxias do Sul, onde atuou por equipes locais, como o Internacional, o Grêmio, e o Juventude. Foi campeão com o tricolor em 1923, e convocado pela Seleção Gaúcha para o Campeonato Brasileiro de Seleções. Com passagem também pela então capital federal, o Rio de Janeiro, atuou pela Liga de Sports do Exército e posteriormente jogou também pelos clubes Fluminense e América. No esquadrão alvirrubro, sagrou-se ainda campeão carioca de 1928. | |||
Em 1933, Floriano retorna ao seu estado natal, Minas Gerais, para atuar em Belo Horizonte, pelo Clube Atlético Mineiro. Segundo a imprensa da época, a chegada de Floriano ao Galo era reflexo de "uma radical transformação do futebol mineiro". Nos primeiros jogos, atuou inclusive ao lado de Arthur Friedenreich, grande nome do futebol brasileiro à época, num amistoso contra o Siderúrgica, em Lourdes. | |||
Atuou com a camisa do Atlético entre os anos de [[1933]] e [[1935]]. Pelo [[Galo]], o ex-jogador fez 21 partidas e não marcou gols. Encerrando suas atividades como atleta, e dedicou-se a ser técnico. Continuou no Atlético e no mesmo ano de 1936, comandou a equipe alvinegra ao título de campeão mineiro e, em 1937, ao de Campeão Brasileiro. Além das conquistas em campo, Floriano era um árduo defensor pela profissionalização do futebol brasileiro. Foi ainda autor do livro 'Grandezas e Misérias do Nosso Futebol', que contribuiu pela profissionalização, já em domínio público. | |||
Floriano Peixoto retornou ao Rio de Janeiro no ano de 1938, onde adoeceu, contraindo tuberculose. Não havia na época tratamento para a doença, apelidada de "Peste Branca". Para amenizar os dissabores da enfermidade, saiu do país, viajou para a Europa, morando em Nice, na França, onde viveu uma temporada. Seus últimos dias de vida ainda são uma incógnita. Alguns afirmam que o técnico campeão brasileiro de 1937 faleceu em Dacar, no Senegal, outros em Oran, na Argélia. O que se sabe é que Floriano faleceu aos 35 anos, em 19 de setembro de 1938, numa das colônias francesas na África. | |||
Por iniciativas dos amigos Arthur Friedenreich e Paulo Varzea, os restos mortais de Floriano Peixoto foram repatriados ao Brasil. A reportagem do Jornal "O Globo" destaca a importância de Floriano para o esporte, como jogador, técnico e escritor, que impulsionaram o futebol profissional no país: | |||
"Piedosa Iniciativa do Esporte Nacional", era a manchete. "O repatriamento dos restos mortaes do saudoso campeão Floriano Peixoto Corrêa, fallecido na Àfrica". | |||
== Ficha Técnica == | == Ficha Técnica == | ||
== Carreira == | '''Nome:''' Floriano Peixoto Correa<br> | ||
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Edição atual tal como às 19h31min de 6 de agosto de 2024
Biografia
Floriano Peixoto Correa, mais conhecido como Floriano, nasceu em Itapecerica, interior de Minas Gerais, em 14 de maio de 1903. Era filho de Francisco Antunes Corrêa e Maria do Carmo Diniz Corrêa, residentes em uma fazenda local. Seu pai, ardente republicano, batizou-o com o nome do ex-Presidente do Brasil, o 'Marechal de Ferro'. Fez o primário na cidade de Lavras, conhecendo o boxe, sua primeira paixão. Após desferir golpes que arrancaram alguns dentes de um filho de um grande político local, sua sequência não prosperou. Dedicou-se ao futebol, principalmente ao estudar no Colégio Militar, em Barbacena.
Em 1919, migrou para o Rio Grande do Sul, morando nas cidades de Porto Alegre e Caxias do Sul, onde atuou por equipes locais, como o Internacional, o Grêmio, e o Juventude. Foi campeão com o tricolor em 1923, e convocado pela Seleção Gaúcha para o Campeonato Brasileiro de Seleções. Com passagem também pela então capital federal, o Rio de Janeiro, atuou pela Liga de Sports do Exército e posteriormente jogou também pelos clubes Fluminense e América. No esquadrão alvirrubro, sagrou-se ainda campeão carioca de 1928.
Em 1933, Floriano retorna ao seu estado natal, Minas Gerais, para atuar em Belo Horizonte, pelo Clube Atlético Mineiro. Segundo a imprensa da época, a chegada de Floriano ao Galo era reflexo de "uma radical transformação do futebol mineiro". Nos primeiros jogos, atuou inclusive ao lado de Arthur Friedenreich, grande nome do futebol brasileiro à época, num amistoso contra o Siderúrgica, em Lourdes.
Atuou com a camisa do Atlético entre os anos de 1933 e 1935. Pelo Galo, o ex-jogador fez 21 partidas e não marcou gols. Encerrando suas atividades como atleta, e dedicou-se a ser técnico. Continuou no Atlético e no mesmo ano de 1936, comandou a equipe alvinegra ao título de campeão mineiro e, em 1937, ao de Campeão Brasileiro. Além das conquistas em campo, Floriano era um árduo defensor pela profissionalização do futebol brasileiro. Foi ainda autor do livro 'Grandezas e Misérias do Nosso Futebol', que contribuiu pela profissionalização, já em domínio público.
Floriano Peixoto retornou ao Rio de Janeiro no ano de 1938, onde adoeceu, contraindo tuberculose. Não havia na época tratamento para a doença, apelidada de "Peste Branca". Para amenizar os dissabores da enfermidade, saiu do país, viajou para a Europa, morando em Nice, na França, onde viveu uma temporada. Seus últimos dias de vida ainda são uma incógnita. Alguns afirmam que o técnico campeão brasileiro de 1937 faleceu em Dacar, no Senegal, outros em Oran, na Argélia. O que se sabe é que Floriano faleceu aos 35 anos, em 19 de setembro de 1938, numa das colônias francesas na África.
Por iniciativas dos amigos Arthur Friedenreich e Paulo Varzea, os restos mortais de Floriano Peixoto foram repatriados ao Brasil. A reportagem do Jornal "O Globo" destaca a importância de Floriano para o esporte, como jogador, técnico e escritor, que impulsionaram o futebol profissional no país: "Piedosa Iniciativa do Esporte Nacional", era a manchete. "O repatriamento dos restos mortaes do saudoso campeão Floriano Peixoto Corrêa, fallecido na Àfrica".
Ficha Técnica
Nome: Floriano Peixoto Correa
Posição: Atacante
Função: Treinador
Data de Nascimento: 14 de maio de 1903
Naturalidade: Itapecerica-MG
Data de Falecimento: 19 de Setembro de 1938
Local: Dacar, Senegal / Oran ou Argel, Argélia
Carreira como Jogador
Juvenil de Caxias do Sul - 1921/1921
Liga de Sports do Exército - 1924/1924
Seleção Brasileira - 1925/1925
Partidas Disputadas
Carreira como Treinador
Títulos como Jogador
- 1923 - Campeonato Gaúcho - Grêmio-RS
- 1928 - Campeonato Carioca - América-RJ
Títulos como Treinador